quinta-feira, 23 de abril de 2009

deitado no cimento .

E nesse nosso passeio, acho que eu vou me arrumar daquele jeito.
Ficar uma hora me arrumando para parecer desarrumada.
Quero andar nas ruas do Leblon. Máquina fotográfica a tiracolo.Não, não é para parecer turista.
É pra parecer brasileiro que gosta de fotografar, fazer filmes, mas que está recém-chegado de Paris, tipo Walter Salles.
Talvez eu coloque um arco no cabelo em vez de flor. ou não.
Agora me leva de volta e conta histórias do meio musical alternativo, mesmo que o cenário já não seja tão mais bonito. Tá sujo e dá até medo de ser assaltada nesse lugar.
Agora é o final. Pausa para a cena.
Chega o ônibus. Ela olha para o ônibus. Ela olha para ele. É, não tem jeito, tenho mesmo que ir.
Ela dá um beijo, um beijo qualquer. Ele puxa pelo braço. Eles dão um beijo, um beijo diferente.
21 gramas de beijo.
Agora ela entra e o ônibus tá lotado, de volta pra vida real. Mas ainda, pelo vidro, eu vi você indo embora, aos pouquinhos e destoando do cenário feio, deu tempo de eu dar de língua e você viu, lá de fora.

Até amanhã,(vírgula)

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