Domingo.
Eu vou acordar, colocar um vestido longo até o pé e florido.
De enfeites? Apenas duas contas de pérola nas duas pequenas orelhas minhas.
E aí eu vou sair.
Tá sol, hum. Eu vou ficar assim de frente pra ele, encolhida como uma criança que acaba de tomar banho de mangueira e tá tremendo de frio. Adoro esse sol de... outono que estamos, né?
E aí eu vou sair. Vou correr pelo canavial. Depois, no fim dele, eu sento de perna de índio, jogo meu cabelo que, na cena está tão longo.ondulado.queimado de sol. e como morangos.
Na fazenda, eu sento de perna de índio. Jogo o cabelo já descrito no sol da estação que você quiser e hum. Como morangos.
E aí eu posso correr mais um pouco, ainda pego o movimento da Avenida que beira o mar. É domingo. Deu tempo de comprar meu jornal. Eu leio e só tem notícias lindas. Os políticos acordaram sem voz, dizem ser epidemia e o judiciário brasileiro ainda possui o respeito da nação. Nem teve escândalos.
Mas eu deito na areia e nem ligo se aqueles cabelos já descritos vão ficar à milanesa. É só pro sol me esquentar. Nessa estação, faz frio quando tá na sombra assim.
Aí eu vou me levantar, vou andando por aquele porto que só existe em mim. Tá bonita a cena, continua.
O sol já se faz em ir e o domingo já se acaba em tons de laranja. Agora bota uma música bonita pra gente dançar!
domingo, 26 de abril de 2009
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