segunda-feira, 22 de junho de 2009

A menina e o mar

Como um marinheiro que chega ao porto,
Ele veio, mesmo sem tatuagem
E usou.
Usou. Abusou do afeto, do apreço.
Iludiu, seduziu.
Chamou de preta, cheirou o cangote
Como um marinheiro, ele a engravidou de esperanças.
Mas para o cara que chega ao porto, era só uma brincadeira
Era só um recreio no meio de uma longa viagem no mar.
Era só um intervalo
Uma hora de brincar.

Agora ela ficaria ali esperando parada pregada na pedra do porto (e viva Chico!)
Como um brinquedo. Usado.

Menina, há mais coisas belas no mar do que marinheiros!


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