Estava deitada quando ouviu o comentário dos pais:
-Onde está a menina?
-Tá no quarto!
-Tão quietinha ela, deve estar lendo...
Sim, e estava. Sempre fora assim, quietinha.
Quando criança, a mãe podia dizer que enquanto ouvia os gritos das crianças vivas nas ruas, cheirando a sol quente na pele, a filha estava em casa e brincava sozinha, quietinha.
Ela imaginava seu mundo, seus personagens,suas crianças e seu sol.
Mas agora, que revolta toda era aquela?
Sua língua coçava e ela queria falar, falar, falar, tagarelar e pelos cotovelos.
O que dera na menina?Ela não sabia, mas sua mente deixava de ser pálida e,no espelho,via cor de sangue em seus lábios,como nunca antes.
Agora ela falaria e deixaria toda a quietude para algum lugar do tempo sem cor.
sábado, 2 de maio de 2009
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