sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bar do Chuveiro

Lavei os cabelos com chá de flor de marcela.
Agora eu posso voltar a ser aquela. aquela de uns 2 anos atrás, que ainda não usava brinco de pérolas...
Veio aquela vontade da gente pegar aquele pedaço da Estrada Real.
Passar na serra linda ouvindo músicas bonitas no carro de janela aberta, pode ter pausa pra comer pastel do chuveiro sim.
A gente nunca se cansou de cantar, vai parecer um bando de jovens sadios, bronzeados,vai parecer de filme!
ah, eu vou pegar umas linhas também, embolar no cabelo, fazer dread de cor, como daquela vez que foi...
Agora desce o Deus me livre, eu vejo o paraíso, você tá comigo!
Se tem chuva, a gente abandona a barraca e corre que pula na poça eu não ligo nem você.
Se tem sol, ele nos cansa em trilha por todo o dia.
Só não cansa o suficiente pra eu deixar de botar o pé no chão e dançar forró a noite toda.
Tem vagalume.tem guaiamum.
Tem também gringo, argentino, que a gente começa a conversar só porque parece o cantor da nossa banda preferida.
A minha tentativa de espanhol foi péssima, mas a gente se fez em sorriso!
À noite, a gente fecha no Muvuca, com algum salgado que não me faça vomitar no meio do caminho para a praia que é pra ver o sol nascer do mar.
Você sabe, toda noite ele entra naquele mar lindo e se esconde que é pra poder aparecer estrela, aquelas que são tantas naquele céu. Mas depois do lanche no Muvuca, vamos todos lá vê-lo sair do mar, laranja. laranja. cansado de beber água salgada.
(...)
A gente decide que vai morar lá pra sempre. E o sempre dura até começar a anemia, aquele PF não ser tão maravilhoso assim, o lodo do banheiro começar a incomodar...
Aí as olheiras vão surgir, a gente pega a barraca e volta pra selva de pedra, mas a gente só volta pra cá que é pra poder voltar pra lá, mais tarde.

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