quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Às vezes, quando estou sem nada pra fazer como agora, eu pego fotos suas na caixa de bolinhas que você me deu aquele vestido rodado. Eu peguei agora a foto daquele dia em que a gente se conheceu. Nunca te contei mas você nunca mais foi bonito e interessante como naquele dia, o primeiro dia, em que não nos beijamos.Falando sem parar com o cigarro ainda por acender na boca e eu não me interessei por uma vírgula do que você dizia. Nunca te contei, mas depois te achei meio feio e magro demais para alguém meio cheia de carnes como eu. Acontece que agora você está tão longe que, nem se eu quisesse, poderia te tocar com as pontas dos dedos no meio do seu sono confuso. Acontece que tudo se perdeu sem nem começar, os fios se romperam prematuramente.São então, nesses dias que eu não tenho mais o que fazer e gasto meu tempo olhando a sua foto tirada da caixa de bolinhas, que eu imagino você chegando, sem nada de ruim ter acontecido ainda.Eu imagino o passado bom como um futuro próximo e você chega me acordando com um beijo, pois está sem sono e quer conversar. Aí a gente começa a discutir coisas sem sentido porque você sabe que eu estou sempre com sono, nossas discussões geram risadas e me dão tanto desejo por você, mesmo eu não te achando mais bonito como no primeiro dia em que nos vimos. Mas aí chega o seu sono, eu perco o meu de desejo por você e você dorme.Não tem problema porque na minha imaginação você vai me acordar com um beijo depois, mas.
São só nesses dias de imaginar.

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