Com os olhos que se olhou no espelho, sentiu o perfume que borrifava em si.Olhou suas mãos magras e brancas de quem já perdeu o colorido do sol.Sentindo um cansaço ainda de quem fica na cama depois das dez, saiu.
Olhando o sinal que fechava o carro que passava o moço que vestia azul a gravata que combinava a velhinha que atravessava o garoto que pedia esmola (em pleno cartão postal) a mulher que corria o homem que bebia o sol que tostava o garoto que roubava (em pleno cartão postal) a grávida que sorria o corpo que se despia a criança que pulava a onda que batia a mãe que gritava o caminhão que freava o ônibus que atendia.Sentia.Amava.