quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Por alguns dias perdera o viço.Empalidecera assim de cara. Meio amarela. O corpo não obedecia com tanta destreza, pesado.
Os peitos pareciam carregar duas pedras.A barriga, uma.
Pesada.Mole.De repente, veio uma dor meio funda contornando toda a região abdominal, e ela se contorceu na areia.Sentiu entre as pernas,um líquido quente.Passou a mão, era sangue.Julieta criada sem mãe e sem avó achou que iria morrer.Ainda sem agüentar muito o próprio corpo correu até uma antiga venda abandonada e se deitou.Deitou e esperou a morte.Sangrou, sangrou, sangrou. Por três ou quatro dias ficou ali. Parada. Deitada, sangrando e esperando a morte chegar. Sozinha. Sem mãe, sem avó. Mas Julieta não morreu, e depois parou de sangrar, voltou à lida.



Há algum tempo se sentia meio estranha. Mas Julieta não se preocupava muito em sentir.Ela não sabia muito bem o que era sentir.Mas naquele dia começou a sentir uma dor muito forte.Dor, Julieta sabia o que era, e que sentia. Por alguns dias perdera o viço. Empalidecera assim de cara. Meio amarela. O corpo não obedecia com tanta destreza, pesado.
Os peitos pareciam carregar duas pedras. A barriga, uma.
Pesada.Mole.De repente, veio uma dor meio funda contornando toda a região abdominal, e ela se contorceu na areia.Sentiu entre as pernas,uma coisa.Fazendo força, urrando, suando, sentindo, sentindo, Julieta sentia.E de dentro de Julieta, saiu uma pessoa, uma criança nascida.Sozinha.Sem mãe, sem avó.Julieta sentiu, e depois parou de sentir, voltou à lida.

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