À medida que envelheço, saio do antigo mundo das ideologias e utopias e entro em um ciclo de ilusões perdidas.
Os desejos passam a ser frustrados e me deparo com minha incapacidade natural (só percebida depois dos vinte).
Começo a notar a verdadeira realidade e me confesso assustada com o quanto é difícil atingir, não só a felicidade, como o estado de coração tranquilo.
Envelhecendo, percebo que a felicidade não existe e que a alegria sim existe, sendo a felicidade em pequenas difíceis doses.
Encontro a vida como sendo uma tragetória que devo seguir enquanto existo, mas que é permeada de pequenos e grandes problemas.
Pode ser que esse seja um momento de amadurecimento que me leve a qualquer coisa melhor, mas também pode ser o momento em que descubro a realidade da vida e que sim, ela não passe de tudo isso só.
Aí então, é quando alimento um medo de endurecer ao envelhecer.