terça-feira, 22 de setembro de 2009

Desde aquela hora com vontade de comer bis branco que não passa. Eu vejo poesia onde não tem, mas se vejo é porque há e ela me puxa pelos cabelos e me gira e me gira e me gira no ar. A menina caminha solta o corpo fecha os olhos no túnel de metal e se liberta em sonhos porque fecha os olhos que levam segundos de vida que passam e que passam pelo túnel de metal e ela sobe. Sobe, tá chovendo. Vê um abraço e deseja encontrar. Na chuva.Na certa daria um beijo longo na boca quando as línguas dançam e dançam, e depois olharia a cara dele de sono que tem na chuva, no largo.E anda e o guarda-chuva dobra e o vento e o vento e o sinal que pisca e já passa das onze e o casal que namora na porta, no prédio, no escuro. Casal que se beija e faz quem não beija ter vontade de beijar também. Sumi sim e gosto de sumir quando ainda não sumi de mim mas, ao final do dia, tudo o que eu queria mesmo era matar essa vontade de comer bis branco que não passa.

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